Almiro Rodrigo Gehrat "Cebola"

Almiro Rodrigo Gehrat "Cebola"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Juventude Debate: 45 anos do golpe militar






“Este é um tema que não se esgota”. Foi com esta frase que o coordenador do curso de História do Unilasalle, Rodrigo Simões, abriu o seminário “45 anos do Golpe Militar: Ditadura Nunca Mais”, promovido pela Coordenadoria Municipal de Juventude da Prefeitura de Canoas e realizado na noite desta segunda-feira, 13, no Unilasalle. O evento contou com uma platéia hegemonicamente estudantil.

Segundo o coordenador de Juventude da prefeitura, Almiro “Cebola” Gehrart, o encontro serviu para dar inicio a uma série de debates que a coordenadoria pretende realizar sobre temas relacionados aos jovens. “A juventude, foi na Ditadura Militar a protagonista da resistência ao golpe.Por isso a importância de se debater este tema.” Confirmando isso, os palestrantes do evento destacaram a importância do protagonismo desta faixa-etária na resistência ao golpe, ressaltando também a atualidade do debate sobre o período ditatorial no Brasil.

O controlador geral do município de Canoas, Ivo Lech, lembrou a sua atuação no movimento estudantil no período e as dificuldades enfrentadas pelos jovens da época. “Eu tinha 15 anos no Golpe e fui eleito presidente do Grêmio Estudantil do colégio e houve a necessidade de atestar se eu era ou não comunista. No entanto, algo a se destacar foi a beleza das artes na resistência”, concluiu Lech.

Já o deputado estadual do PT Raul Pont, preso por lutar na resistência ao golpe, também destacou a importância do movimento estudantil e da cultura na resistência a Ditadura “Através da União Nacional dos Estudantes, os jovens se mobilizaram. Este foi um dos melhores períodos de produção do teatro, da música e do cinema brasileiro na historia. A idéia que era possível uma transformação estava presente na juventude”, finalizou Pont.

“Na época havia uma juventude atuante, através da União Nacional dos Estudantes (UNE). Os jovens achavam que tinham a obrigação social de fazer um Brasil diferente” disse a professora de História Ana Maria Colling, autora do livro A Resistência da Mulher na Ditadura Militar. Ela ainda ressalta que o pior legado do período foi sentido na educação brasileira, justamente pelos jovens.

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