Juventude Debate acessibilidade na Feira do Livro do Colégio Cristo Redentor

Em 25 de Maio de 2010.




Durante a programação da XX Feira do Livro e VI Semana Cultural do Colégio Ulbra Cristo Redentor, que iniciou na manhã desta terça-feira, 25, e segue até a quinta-feira, 27, um debate levou as turmas de 3º ano a refletir sobre temas desafiadores e recorrentes da sociedade. A inclusão e a acessibilidade, nortes da conversa, foram discutidos pelos alunos e pelos convidados com a mediação do titular da Coordenadoria da Juventude, Almiro Gehrat, o Cebola.


No palco, três exemplos vivos de que a força interior supera qualquer dificuldade. Adão José Neto, cadeirante, e o casal Paulo Fernando e Raquel, ambos cegos, transmitiram um pouco do que passaram com suas experiências pessoais aos estudantes, que ouviram atentamente e puderam direcioná-los seus questionamentos. Adão, conhecido como Dango, virou tetraplégico após passar por um acidente de trânsito em 1996 e hoje transborda energia em dois trabalhos. Para ele, não importa o problema que se tenha que enfrentar, é sempre possível dar a volta por cima.


Estudante de psicologia prestes a agarrar o diploma, Paulo perdeu a visão em 1998 e, com tudo que já aprendeu nessa caminhada, hoje transmite seus ensinamentos a namorada Raquel, que passa pela mesma situação há apenas um ano. Segundo ela, é preciso ter muita força para voltar a viver. “O Paulo me leva novamente para o mundo, me ensinou o braile e a andar de bengala”, conta a jovem, que chama carinhosamente o acessório de ‘Lindinha’.


Cebola reforçou a relevância do evento. “Queremos aqui abrir espaço para o diálogo, para que se possa conhecer e entender mais como se vive sendo portador de deficiência física”, disse o coordenador. Para o professor de Literatura e Inglês de uma das turmas, Wagner Kerller, é importante que o aluno tenha contato direto com as problemáticas que a sociedade enfrenta com a acessibilidade. “É um tema que está na mídia, por isso temos que aproveitar este link para aproximar o aluno desta realidade, provocando a discussão e a reflexão”.