Almiro Rodrigo Gehrat "Cebola"

Almiro Rodrigo Gehrat "Cebola"

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ditadura Militar em Debate lota o plenário da Câmara

Em 11 de abril de 2011.









































Na noite de segunda-feira, 11 de abril, ocorreu o painel “Ditadura Militar em Debate: 47 anos do Golpe”, atividade organizada pela Comissão Municipal de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, presidida pelo Vereador Almiro Rodrigo Gehrat “Cebola”, com a presença do Vereador Betinho do Cartório (membro da Comissão) e do Vereador Ivo Fiorotti. O evento contou com o apoio da Coordenação do Curso de História do UNILASALLE e da ULBRA.

O debate faz parte de um ciclo de atividades que serão organizadas pela Comissão para debater os direitos humanos, a proposta para o mês de maio será refletir sobre a temática criança e adolescente, já que se comemora no dia 18 o dia nacional de luta contra a exploração infanto-juvenil.

O plenário lotou, com a presença de mais de 150 pessoas, dentre lideranças políticas, sociais e estudantes. Destacamos a participação do Tenente Coronel reformado da Aeronáutica Avelino Iost, que foi perseguido em função de sua participação na obstrução do bombardeio ao Palácio Piratini na campanha da legalidade.

A abertura foi realizada pelo Vereador Cebola que explicou o novo conceito implantado pela Comissão de Direitos Humanos, que objetiva aproximar a sociedade do parlamento através do debate e da reflexão, e colocou-se a disposição de atuar em qualquer caso de violação dos direitos. Após foi realizada a explanação do Coordenador do Curso de História da Universidade Luterana do Brasil, Professor Roberto Santos, que elogiou a iniciativa da Comissão e reforçou a parceria da ULBRA e sempre que possível estará presente para debater os temas necessários nos dias de hoje. Em seguida o Secretário de Relações Institucionais da Prefeitura Municipal de Canoas, representando o Prefeito Jairo Jorge, saudou todos os presentes e convidou para nos dias 14 e 15 participarem da etapa final do Congresso da Cidade, que realizar-se-á nas dependências do UNILASALLE.

O primeiro painelista da noite foi o Professor de Ciências Políticas da ULBRA, Everton Santos, que fez uma critica contundente a fala do atual comandante da guarda presidencial, o General Elito, que disse: “Não é vergonha para o país termos o desaparecimento de presos políticos durante a Ditadura Militar (1964-1985)”. O Professor falou também de um de seus livros: Poder e Dominação no Brasil: a Escola Superior de Guerra (1974/1989).

O segundo painelista foi o Professor de História do Colégio Marechal Rondon, Venâncio da Silveira, que fez um recorte histórico anterior ao período ditatorial, que demonstra a preparação do golpe. Relatou que: “com a guerra do Paraguai o governo brasileiro teve que fortalecer o exército, e após o fim da guerra as forças militares tiveram um protagonismo no cenário político nacional, nunca antes visto”.

A terceira painelista foi a Doutora Ana Maria Colling, Professora do Curso de História do UNILASALLE, que é autora do livro “A resistência da mulher na ditadura militar no Brasil”, e que faz um estudo de Gênero durante os “anos de chumbo”. Segundo a painelista: “A mulher é uma presença silenciada na história e sua voz não é ouvida na arena política, que é masculina por excelência, principalmente durante a ditadura, onde os grandes agentes deveriam ser homens”.

O último painelista da noite foi o Professor e Deputado Estadual Raul Pont. Iniciou a explanação dizendo que “a história tem que servir para compreendermos melhor as pessoas e as formas de convivência da sociedade, nesse sentido esse debate é uma forma que termos para entender o que foi o passado e alguns dos motivos que temos para dizer ditadura nunca mais”. Relatou ainda: “o golpe não foi dado apenas pelos militares, mas também partidos políticos de direita, a cúpula da Igreja e as grandes Federações Empresariais, e que em 54 no suicídio de Getúlio tivemos um movimento muito parecido com os militares e a UDN”. “Para os partidos de esquerda, Jango estava sendo moderado demais e para os partidos de direita estava sendo progressista demais”. Finalizou dizendo “quem luta pela democracia, tem que lutar permanentemente, para que nunca mais vivamos um período desses em nosso país”.

Ainda foi aberto espaço de fala para o auditório, com as falas de Rafael Felipe Silva de Souza “Batata”, Avelino Iost, Vereador Ivo Fiorotti, Mestre Zumba Toledo, Luci Jorge Leite, Cléo Kath Figueiredo e Fernando Gabriel Garcia. Após as explanações populares, os painelistas fizeram as declarações finais.

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